O projeto social inovador realizado pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO) com jovens estudantes de escolas municipais de Maricá, cidade da região dos lagos, no Rio de Janeiro, em busca de novos talentos para o Tiro com Arco está trazendo resultados inéditos para a modalidade.
A grande aposta para conquistar a primeira medalha olímpica para o tiro com arco brasileiro foi descoberto aos 12 anos por esse projeto, Marcus Vinícius D’Almeida, hoje com 16 anos, obteve o 9° lugar do último ranking da WAF (Federação Mundial de tiro com arco, sigla em inglês). Os resultados começaram a aparecer em 2013, quando se tornou campeão brasileiro e da Copa do Brasil, na categoria adulto, com somente 15 anos. Em 2014, começou a se destacar em competições internacionais: faturou três medalhas de ouro nos Jogos Sul-Americanos de Santiago, em março, além de quebrar o recorde sul-americano. Depois vieram as participações em etapas da Copa do Mundo, terminando sempre entre os 10 primeiros, até culminar com a disputa inédita pelo bronze na 4ª Etapa da copa do Mundo de tiro com arco.
"Logo nos primeiros meses ele mostrou um diferencial incomum para a idade. Sempre foi o atleta mais empenhado nos treinos e logo nas primeiras competições oficiais conseguiu resultados expressivos. Ao detectarmos seu potencial, começamos um trabalho individual com ele, e agora estão vindo os frutos", explica o presidente da CBTArco, Vicente Fernando Blumenschein. Desde 2009, a CBTArco vem investindo em novos talentos. Além do Marcus Vinícius, o projeto descobriu talentos como Ane Marcelle, Monique Evellin e o paraatleta Francisco Barbosa, todos integrantes da seleção brasileira. “Atualmente esse trabalho serve de modelo para outros estados”, acrescentou Vicente. Além da dedicação da confederação e dos arqueiros, a parceria com o Ministério do Esporte, por meio de investimento, possibilita o crescimento da modalidade. Ele é usado para a compra de equipamentos, custear as passagens, hospedagem e alimentação dos arqueiros e equipe técnica nas competições internacionais. “A parceria com o governo possibilitou trazer novos talentos para a modalidade, assim como investir nos treinamentos e na participação dos atletas de alto rendimento nas principais competições mundiais”, disse Eros Fauni, coordenador técnico da confederação.
As principais esperanças para o Rio 2016 são o Marcus Vinícius e a Sarah Nikitin, a dupla conquistou medalha de prata na segunda etapa da Copa do Mundo, na Colômbia. Os arqueiros também são contemplados pelo programa Bolsa-Atleta Pódio, do Ministério do Esporte, pois estão entre os 20 melhores do ranking mundial.
Com grandes talentos, a entidade investe cada vez mais nos seus atletas e atualmente conta com um projeto que está em fase de análise pelo Ministério do Esporte. Sendo aprovado, permitirá que a confederação dê continuidade a esse trabalho e traga para o Brasil a inédita medalha olímpica para a modalidade em 2016.